Os casos notificados de microcefalia, uma infecção que provoca má-formação no cérebro de bebês, aumentaram cerca de 70% em todo país, revelando um dos maiores problemas na saúde pública brasileira em sua história recente. Foram registrados 1.248 novos casos em 311 cidades de 14 estados de quatro regiões do país. Só no estado de Pernambuco foram registrados 646 casos até o momento. No último final de semana, o governo brasileiro confirmou a relação entre o vírus zika e a microcefalia.
A partir de exames realizados em uma bebê nascida no Ceará, e que acabou morrendo devido à microcefalia e outras más-formações congênitas, identificou-se a presença do vírus. A confirmação foi possível a partir da confirmação do Instituto Evandro Chagas da identificação da presença do vírus em amostras de sangue e tecidos do recém-nascido que veio a óbito no Ceará. A confirmação da relação entre o vírus e a microcefalia é inédita na pesquisa científica mundial.
O zica vírus foi identificado pela primeira vez em 1947 em Uganda, na floresta de Zika. Ele foi descoberto em um macaco rhesus durante um estudo sobre a transmissão da febre amarela no local. A forma de contágio do zika vírus pode não acontecer somente pelo mosquito Aedes aegypti, que também transmite a dengue e chikungunya, mas por meio de relação sexual ou aleitamento e também a suspeita de contágio por via sanguínea, como em transfusões de sangue e transplante de órgãos. Essas possibilidades são investigadas pelo Ministério da Saúde.
Para ajudar no combate dessa epidemia uma equipe de pesquisadores do Centro de Controle de Doenças (CDC, do inglês Centers for Disease Control and Prevention), dos Estados Unidos, já está no Brasil para ajudar na investigação dos casos de microcefalia. Desse grupo, dois cientistas virão ao Recife, mas ainda sem data confirmada de chegada. Os norte-americanos estão no país a convite do governo brasileiro. Que anunciou no dia de ontem (30 de novembro) por meio do ministro da Saúde, a liberação de de R$ 25 milhões para o combate ao mosquito.
Matéria: Rayanne Elisã - Jornal o Publicador

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