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Nesta última quarta-feira (27), estudantes, servidoras e moradoras do entorno fizeram um protesto em frente ao Restaurante Universitário, reivindicando mais segurança para evitar casos de assédio sexual e estupro. Os portões que dão acesso ao campus da UFPE ficarão trancados entre 23h30 e 4h30 diariamente, tanto para passagem de carros como de pedestres, essa é uma das ações desenvolvidas pela reitoria para tentar reduzir os casos de violência. As alunas após o protesto foram recebidas pela vice-reitora, Florisbela Campos, pela diretora LGBT da UFPE, Luciana Vieira, pela pró-reitora de Assuntos Estudantis, Ana Cabral, e pelo superintendente de Segurança, Armando Nascimento. Uma reunião que era que estava prevista para daqui 15 dias foi antecipada para esta quinta-feira (28), para que possam ser discutidos assuntos como a vulnerabilidade, assédio e insegurança de mulheres e trans.

As reivindicações apresentadas no protesto pelas manifestantes foram mais iluminação no campus, e capacitação dos seguranças para lidar melhor com as questões sofridas por mulheres e trans, já que por muitas vezes, os oficiais se mostraram insensíveis diante a situação. A ação pressionou da reitoria um posicionamento efetivo e a criação de estratégias para a garantia da segurança das mulheres que transitam pela universidade. 

Apenas o acesso pela Avenida dos Reitores será liberado durante a madrugada, e em apenas casos justificados. De acordo com a UFPE, "os agentes de segurança da universidade e os vigilantes da TKS (empresa terceirizada) estão atuando de forma mais efetiva nos pontos críticos de ocorrências informados pela comunidade acadêmica", além do campus contar com um posto fixo da Polícia Militar até as 22h30. Haverá mais intensificação das rondas, e mais efetuação de abordagens por parte da PM. Além da instalação de novas câmeras de segurança, dentre outras ações. 


A comunidade universitária criou também uma campanha com o uso de hashtags na página do facebook "A universidade é pública, meu corpo não - UFPE (facebook.com/auniversidadeepublicameucorponao/?fref=ts) onde são compartilhadas fotos dos protestos e como vai indo as ações dentro da instituição, também são usadas como forma de sensibilizar e articular a comunidade a dizer não contra a violência contra as mulheres, machismo e transfobia. 

Na próxima quarta-feira (4), os representantes de vários órgãos públicos e dos bancos que funcionam entorno da UFPE irão se reunir no Auditório João Alfredo, na Reitoria da Universidade na segunda reunião do Conselho Integrado de Segurança, que agrega estas instituições. Participam, além da UFPE e do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Santander, os órgãos do Condomínio Sudene (Sudene, IBGE, Codevasf, Ministério da Saúde, entre outros) e o 12º Batalhão de Polícia Militar, o objetivo principal da reunião é discutir questões de melhoria de segurança, envolvendo todos os funcionários, usuários e moradores da instituição. 


Matéria: Joyce Dias - Jornal o Publicador

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