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Em meio aos diversos embates na política nacional, o governo federal propôs na ultima sexta-feira (15) que o salário mínimo, que serve de referência para mais de 48 milhões de pessoas no Brasil, tenha um reajuste de 7,5% subindo dos atuais R$ 880 para R$ 946 a partir de janeiro de 2017, com pagamento em fevereiro do próximo ano.

Para 2018 e 2019, respectivamente, o governo estimou que o salário mínimo seja de R$ 1.002 e de R$ 1.067 pelo sistema de correção que está em vigor. Atualmente, o salário mínimo vale 880 reais.Se confirmado, o índice deverá cobrir apenas a inflação do período, ou seja, não haverá aumento real do mínimo.

Esse valor proposto para o salário mínimo em 2017 pelo governo federal, entretanto, ainda pode ser alterado no futuro, com base nos parâmetros estabelecidos para sua correção (crescimento do PIB do ano de 2015 e da inflação, medida pelo INPC, deste ano).

No ano passado, o PIB teve forte contração de 3,8% (a maior em 25 anos) e, para a inflação medida pelo INPC, a última previsão do mercado financeiro, feita na semana passada, é de uma alta de 7,27%.

A lei que criou o salário mínimo foi assinada em 1936, pelo então presidente Getúlio Vargas. A legislação definiu o valor como a remuneração mínima devida ao trabalhador, capaz de satisfazer suas necessidades de alimentação, vestuário, habitação, higiene e transporte. Porém, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), o valor está longe disso.

Em março, por exemplo, o Dieese calculou que o salário mínimo ideal para sustentar uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 3.736,26. O valor atual é 4,25 vezes menor do que o que está em vigor.


Fontes: G1, UOL Economia e Sistema Liberdade de Comunicação
Matéria: Guilherme Correia - Jornal O Pulicador

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