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Segundo levantamento feito pela Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) pelo menos 110 dos 184 municípios do estado fecharam as suas prefeituras nesta segunda-feira (9), em protesto pela falta de repasses federais aos municípios. A “greve branca” das prefeituras está programada para terminar só na próxima sexta-feira (16), não atingindo apenas as áreas de saúde, educação, limpeza urbana e segurança patrimonial. Apenas os serviços essenciais serão oferecidos à população das respectivas cidades durante o horário de funcionamento.

Nesta manhã, dezenas de prefeitos participaram de um ato público na Assembleia Legislativa de Pernambuco para tentar buscar soluções para a crise. A mobilização se repete por outros estados, em sua maioria da região Nordeste, visando comover a presidente Dilma Rousseff para situação de miséria dos municípios, gerada pela redução sucessiva dos recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), provocada pelas renovadas isenções do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os automóveis e produtos da linha branca ao longo de 2012.

Os prefeitos marcharam da Assembleia Legislativa, na Rua da Aurora, até o Palácio do Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco. José Patriota (PSB), presidente da Amupe e prefeito de Afogados de Ingazeira, afirmou que a situação das prefeituras está insustentável atualmente. "Estamos tentando mostrar à sociedade que não há como manter os serviços de educação, saúde dentro desse quadro atual", destacou.

A previsão do movimento é que três mil prefeitos dos 5.565 municípios do Brasil estejam em Brasília, nesta terça-feira, quando terão uma reunião no auditório Petrônio Portela, no Senado Federal, e contam com a articulação de deputados para uma audiência com a ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti. Os prefeitos, porém, apostando na presença maciça, querem aproveitar a mobilização para forçar uma audiência com a própria presidente.

Matéria: Rayanne Elisã - Jornal O Publicador

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