Uma das mais antigas brincadeiras do Carnaval do Recife
será revivida na noite desta sexta-feira (18). Será um desfile ao som
de muito frevo e com pessoas fantasiadas - a diferença é que os
participantes não dançam no chão. No corso, os foliões passeiam em
carros antigos e decorados. A concentração começa a partir das 19h, no
Clube Internacional do Recife, na Madalena.
A brincadeira se tornou muito popular nas primeiras décadas do século
20. Pessoas fantasiadas desfilavam nos carros, que seguiam em fila pelas
ruas do centro do Recife. O som do frevo e das marchinhas transformava a
festa em um baile itinerante, cheio de muita paquera, no qual todos se
divertiam jogando confete e serpentina.
Ao longo dos anos, a tradição de modificou, mas permaneceu forte até o
começo da década de 1970. O compositor Capiba gostava de participar do
corso. Ele desfilava sempre cumprimentando a multidão, atraída pela
festa do Carnaval motorizado.
Depois passar um tempo esquecido, o corso voltou a levar os carros
antigos às ruas da capital pernambucana no fim dos anos 1980. Uma prévia
que leva quem participa ou assiste a fazer uma viagem no tempo. “Em
1989, pensamos em retomar o desfile de carros antigos com máscaras para
divulgar o Bal Masqué. Começamos com uns dez veículos e, hoje, tem mais
de 150. Vem gente de todo Pernambuco, além de outros estados, como Paraíba e Alagoas”, explicou o organizador do corso, José Lima.
Após a concentração, o corso deve seguir a partir das 22h pelo bairro
do Derby, Avenida Conde da Boa Vista, Rua da Aurora, Princesa Isabel,
Praça da República, avenidas Rio Branco e Alfredo Lisboa e Rua do Bom
Jesus. O carro abre-alas é o Ford vermelho, de 1931, do José Lima. O
desfile vai ser animado pela Frevioca, uma espécie de trio elétrico com
orquestra de frevo e, ao fim do trajeto, ocorre um encontro de blocos
líricos.
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