A previsão para os próximos dias, segundo a agência, é que mais pancadas de chuva deverão atingir também áreas ao leste, como os Sertões do Pajeú e do Moxotó. O gerente de Meteorologia e Mudanças Climáticas da Apac, Patrice Oliveira, explica, que as chuvas dos últimos dias fazem parte de um sistema meteorológico que atingiu todo o Nordeste e está próximo de acabar. A previsão para os meses de fevereiro a maio, época em que mais chove no Semiárido, deverá sair apenas na semana que vem, depois de encontro entre meteorologistas. “É prematuro afirmar cientificamente que teremos um bom inverno”, ressaltou.
Mesmo sem uma confirmação científica de que haverá mudanças climáticas, os sertanejos reacenderam as esperanças a partir do que viram em seus municípios. Em Exu, o Rio Brígida, normalmente seco nesta época do ano, passou a acumular água. Moradores da Serra do Araripe que foram contemplados recentemente no Programa Água Para Todos, do governo do Estado, conseguiram encher suas cisternas. “Tenho um pluviômetro na minha fazenda e registrei um volume de 104 milímetros, na madrugada entre a quinta e a sexta-feira. Já havia chovido no último dia 4, mas agora o volume de água foi bem maior”, afirmou Djaci Peixoto, proprietário de fazenda em Exu, que espera recuperar prejuízo de R$ 20 mil. “Nenhum animal meu morreu de fome, mas alguns morreram intoxicados, já que precisei mudar a alimentação deles e nesse período é complicado selecionar uma boa comida para o gado”, contou.
COBRANÇA - Sindicatos de trabalhadores rurais e representantes da Federação de Trabalhadores de Agricultura do Estado (Fetape) participaram ontem de uma reunião com o secretário estadual de Agricultura, Ranilson Ramos, em Afogados da Ingazeira, para cobrar mais ações de combate à seca nas regiões do Pajeú e do Moxotó. O governo anunciou a construção de mais de 700 poços tubulares no Sertão e de mais quatro barragens.
fonte: JC
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