Os municípios pernambucanos decidiram ontem
paralisar as atividades no dia 13 de maio como forma de protesto ao
governo federal. Nesta data, somente os serviços considerados
essenciais irão funcionar normalmente. A decisão, tomada durante
Assembleia Geral Extraordinária, é mais uma ação estratégica da
Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) para demonstrar
descontentamento contra a redução dos repasses do Fundo de Participação
dos Municípios (FPM) e defender um “federalismo mais justo”.
O
presidente da Amupe, José Patriota (PSB), prefeito de Afogados da
Ingazeira e aliado do governo Eduardo Campos (PSB), alega que a
governabilidade dos municípios está ficando cada vez mais difícil e
listou três questões preponderantes para este cenário negativo: a
desoneração do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), os
projetos de lei em tramitação no Congresso que propõem pisos salariais
para diversas categorias de servidores públicos e a manutenção da rede
elétrica.
“Desse jeito, está inviável ser prefeito. A desoneração do
IPI, a transferência da manutenção da rede elétrica para os municípios e
a instituição de pisos salariais para categorias de servidores, estão
exigindo mais recursos e eles não estão vindo. Precisamos de mais
investimentos nos cofres municipais para atender as exigências. O
Tribunal de Contas, os sindicatos e a imprensa vão exigir dos prefeitos o
cumprimento dos deveres do gestor”, argumenta Patriota.
Mais protestos
Além da paralisação dos serviços públicos, os prefeitos dos municípios
pernambucanos foram convocados por Patriota para seguirem para Brasília,
no dia 13 de maio, para realizar um protesto no Congresso Nacional.
Dando continuidade na estratégia de pressionar o governo federal, haverá
um encontro nacional, em 4 de junho, para reunir os prefeitos de todos
os municípios brasileiros para discutir o cenário atual.
No mês
seguinte, de 8 a 11 de julho, está sendo articulada a “Marcha dos
Prefeitos”, onde vem se planejando a “ocupação” do Senado pelos gestores
para chamar atenção dos parlamentares nordestinos para os problemas que
a região vem enfrentando, sobretudo devido à seca prolongada. “Nós
realizamos essas ações para atender as necessidades dos municípios.
Estamos sofrendo com a seca, e os municípios estão sendo obrigados a
arcar com mais gastos, com pouco investimento. A intenção não é fazer
palanque para 2014 e sim exigir os investimentos de direito das
cidades”.
Filipe Barros - Diario de Pernambuco
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