Panelas também
tem seu nome gravado na hitória de pernambuco ,A
Guerra dos Cabanos foi uma rebelião provocada pelo descontentamento da
população com a abdicação de D. Pedro I em favor de seu filho D. Pedro II.
Objetivava o retorno do Imperador que abdicou à coroa forçado por
circunstâncias políticas insustentáveis, que poderiam ameaçar a monarquia e ate
ensejar derramamento de sangue. De um lado estavam os rebeldes cabanos (assim
chamados porque durante a guerra abrigavam-se em cabanas) que lutavam pelo
retorno de D. Pedro I. Do outro lado, as forças do governo (tutores de D. Pedro
II que governavam o Brasil até que este alcançasse a maioridade), que defendiam
a Regência Imperial.
Os rebeldes cabanos constituíram se
de camponeses, escravos e índios da região. Seus principais lideres foram
Vicente Ferreira de Paula, Antônio Timóteo de Andrade, João Timóteo de Andrade,
Francisco José de Barros, Capitão-Mor Torres Galindo e outros.
Teve
como foco central a povoação de Panelas, estendendo-se até a localidade de
Jacuipe, nas Alagoas. Começou em 1832 com a “Abrilada”, perdurando até 1836. As
batalhas eram sangüenta, irmãos brasileiros matavam-se, enfrentando o medo, a
fome, as doenças, entregues à própria sorte, movidos pelo sentimento patriótico
dos bravos. A batalha mais sangrenta foi o “Ataque do Feijão”, no Sitio Feijão,
com mais de 100 mortos, incluindo o líder cabano Manoel Timóteo de Andrade.
Apesar deste grande revés, os cabanos não desistiram, oferecendo resistência
mesmo após a invasão do povoado de Panelas pelas forças legalistas. Depois de 4
anos de luta, em missão pacificadora chegou a Panelas o Bispo D. João Marques
Perdigão, que obteve rendição dos sublevados com a condição de serem
anistiados, terminando ai a “Guerra dos Cabanos”. Na Serra dos Timóteos, no
sitio Cafundó e em vários outros lugares ainda se encontra muito material de
guerra da época abandonado ao termo da campanha. A Guerra, portanto, só chegou
ao fim em 1836, dois anos após a morte de D. Pedro I. Como toda guerra, a
Guerra dos Cabanos trouxe horror e morte, capitulo de nossa história, exemplo
de bravura e patriotismo. Nossos antepassados lutando por seus ideais
deixaram-nos uma mensagem: LUTAR PELAS NOSSAS CONVICÇÕES SEMPRE, MESMO QUE A
DERROTA SEJA UMA POSSIBILIDADE.
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