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As chuvas que vem caindo na região Pernambucana ultimamente ainda não surtiram efeito na atual situação vivida pelas famílias do estado, pois segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), tem sido registrado uma queda no acúmulo das chuvas, e cerca de 70% da área de Pernambuco está em crise, sob uma seca extrema. 

O documento que analisa as condições do clima no território pernambucano, o Mapa da Seca, é produzido mês a mês, e identifica e registra a situação pluvial do Sertão, Agreste e demais áreas. O Mapa identificou que as chuvas que caíram em todo estado em janeiro de 2016 aumentaram o índice de alguns reservatórios, porém, nos meses seguintes com a falta da chuva, essas taxas voltaram a cair. 


“Nós tivemos ocorrência de chuvas acima da média em janeiro, o que trouxe uma contribuição positiva para a redução dos impactos de curto prazo da seca. Nos meses que se sucederam, fevereiro, março, não trouxeram a mesma quantidade de chuva. Então, como pudemos observar, ainda persiste uma seca extrema em 70% de sua área”, revela o diretor-presidente da Apac. 

Ainda seguido o que foi divulgado, o Sertão do São Francisco, a área que vai da cidade de Afrânio até a Petrolândia, o Sertão do Moxotó, e cidades do Agreste como Caruaru, Toritama, Vertentes e Taquaritinga do Norte se encontram em situação de seca extrema. 

Segundo Neta Souza, moradora há mais de 20 anos da cidade de Taquaritinga do Norte, localizada no Agreste de Pernambuco, a situação é bastante crítica. “Nesse ano de 2016 eu não abri minha torneira para sair uma água que não tivesse sido eu que comprei. ‘Tá’ muito difícil a situação, e daqui a pouco nem os carros d’água que são a salvação da gente não vão ter mais onde buscar água, e aí, o que a gente vai fazer? Não adianta ir atrás de político, porque só quem pode mandar água é Deus. Só vai ter jeito se der uma ‘chuvada’ boa, muito boa. ” Afirmou. 

No entanto, talvez esta chuva tão esperada pelos moradores da região esteja por vir: a Apac prevê uma boa melhora durante o inverno, que é a época que geralmente chove bastante no Nordeste, já que a temperatura dos oceanos deve diminuir. É esperado que a situação se inverta na capital Pernambucana, já que entre os dias 8 e 10 desse mês Recife acumulou 201mm de chuva, número que corresponde ao esperado para 21 dias, quase batendo a média histórica que é de 328. Durante todo o mês de maio foram registrados temporais com ventanias fortes na capital, e um temporal semana passada deixou um total de 100 famílias sem ter onde morar.

Matéria: Joyce Dias - Jornal O Publicador

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