Total de visualizações de página


Da esquerda para a direita: Tainá, Milena e Helena, que estudavam na Escola Tasso da Silveira na época do massacre. Milena foi uma das vítimas (Foto: Tainá Bispo/ Arquivo pessoal/G1)

Mortes na Escola Municipal Tasso da Silveira ainda deixa as famílias das vítimas abaladas. Doze jovens foram assassinados naquela fatídica manhã de 7 de abril de 2011. O crime completa cinco anos hoje, nesta quinta feira, e as lembranças nas famílias das vítimas seguem mais fortes do que nunca.

“Todo dia eu penso nela. Não adianta. Não tem jeito”, desabafa Tainá Bispo, de 23 anos. Ela é irmã de Milena dos Santos Nascimento, que tinha 15 anos quando foi morta.

A irmã de Milena desabafa que não queria ir para a escola no dia em que a irmã foi morta, porém ela insistiu bastante em ir, pois o dia iria ter sua aula favorita, teatro. Tainá estudava no mesmo andar que a irmã, na sala onde Wellington, atirador que vitimou os doze jovens, começou os disparos. Tainá recorda que ouviu o som dos tiros, e que foi salva pelo professor que mandou todos se esconderem.

Após o tiroteio, Tainá saiu do prédio, onde encontrou sua amiga Brenda Tavares, que foi quem informou que sua irmã do meio havia falecido. Brenda conta também que só sobreviveu por que se fingiu de morta. 


(Wellington Menezes, homem que invadiu e matou doze crianças em Realengo, em abril de 2011. Foto: Reprodução Google)

No dia em si, a área da escola foi tomada por repórteres e helicópteros, e de princípio as pessoas não sabiam o que estava havendo, nem mesmo os familiares das crianças mortas no massacre, muitos ficaram sabendo a triste notícia pela TV.
Após a triste realidade, as famílias de todas as vítimas assassinadas na Escola Tasso da Silveira formaram a “Associação dos Anjos de Realengo”, que promove ações nas escolas contra o bullying e a violência, já que foi descoberto que a motivação de Wellington Menezes de Oliveira, o homem que abriu fogo contra as crianças, foi o fato dele ter sofrido bullying na mesma escola, quando mais jovem. O símbolo do grupo é uma fita verde, que simboliza a esperança de um futuro melhor nas escolas, onde não haja rejeição nem brincadeiras de mal gosto, para que outras famílias no futuro não precisem passar por uma experiência tão terrível. 


Matéria: Joyce Dias - Jornal o Publicador

0 comentários:

 
Top