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Paleontólogos da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) reconhecem como fósseis amostras coletadas em uma área rural de Caruaru, no Agreste de Pernambuco. Os pesquisadores chegaram a uma conclusão parcial. “Um resultado taxinômico nós já temos, nós sabemos a que espécie eles pertencem. Alguns não conseguimos chegar à nível de espécie, gênero ou família, mas nós estamos esperando para fazer datação desses fósseis e trabalhar com exótipos de carbono também, para poder ver possível dieta de algum desses organismos. Acredito que até o meio do ano que vem isso já esteja pronto, todos os dados com os pesquisadores, para que possamos analisá-los e, aí sim, submeter o trabalho para uma revista científica”, afirma o paleontólogo Gustavo Oliveira.Faz mais de um ano que a descoberta chamou a atenção de pesquisadores e historiadores do estado. O material foi encontrado em dois barreiros do Sítio Carneirinhos. São centenas de fragmentos, que só foram descobertos devido à estiagem que atingiu a região e secou os reservatórios do local. “Viemos limpar e, quando começamos a escavar, começou a aparecer os ossos. Até hoje continua aparecendo mais”, relata o agricultor José Carlos Pereira. O biólogo Alexandre Henrique diz que se tratam de fósseis de seres que faziam parte da chamada megafauna, animais extintos há mais de dez mil anos. “A gente aqui tem o mastodonte, a preguiça gigante, o tatu gigante, o tigre-dente-de-sabre, mas com as mudanças climáticas - e aqui ficou muito calor -, não deu para eles sobreviverem neste local. Mas, o que ajudou bastante [para a preservação dos fósseis] foi a questão desse reservatório guardar água por muito tempo”, explica.

Fonte: G1 Caruaru

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