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A Polícia Federal apresentou, na manhã desta quinta-feira (7), o balanço da operação que desarticulou uma quadrilha suspeita de assaltar uma agência dos Correios no município de Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife. O crime aconteceu na manhã de quarta-feira (6) e três homens foram presos após utilizarem oito pessoas como escudo humano durante a ação. Um suspeito ainda está foragido. Inicialmente, o Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciods) da Polícia Civil havia informado que se tratavam de seis suspeitos. Nenhum refém ficou ferido.
De acordo com o chefe de comunicação da Polícia Federal, Giovani Santoro, as investigações indicam que a quadrilha pode estar envolvida em outros assaltos a agências dos Correios no estado. “Eles agem de forma semelhante. Adentram a agência armados, rendem vigilantes, fazem reféns e quando há cerco policial, eles não têm medo e agem com violência”, explica Giovani. De acordo com ele, serão analisados vestígios deixados no local e imagens das câmeras de segurança para tentar capturar o quarto assaltante e checar se eles têm envolvimento com outras tentativas de assalto.
Na operação, foram apreendidos quatro revólveres calibre 38, uma pistola, 23 munições calibre 38 intactas, 12 munições deflagradas, uma chave de um veículo não identificado, quatro aparelhos celulares e R$ 86.489 subtraídos dos caixas dos Correios. O órgão vai poder resgatar a quantia posteriormente.
Os suspeitos foram autuados por assalto à mão armada, formação de quadrilha e tentativa de homicídio pelo fato de eles terem realizados disparos contra as equipes policiais. Os três suspeitos têm idades entre 24 e 29 anos e todos possuem antecedentes criminais. Eles foram encaminhados ao Centro de Observação e Triagem, em Abreu e Lima. Por se tratar de uma empresa pública federal, as investigações ficarão a cargo da Polícia Federal.
Detalhes da ação
De acordo com o Major Jonas Souza, do 17º Batalhão da Polícia Militar, algumas pessoas perceberam uma movimentação estranha na agência dos Correios por volta das 8h. “Havia gente na porta, pessoas tinham entrado e a agência ainda não estava aberta. Quando fomos checar a informação, uma pessoa atirou contra o efetivo da PM”, explica o Major. Foi dada a voz de prisão para o suspeito, que foi o primeiro a ser capturado pelos policiais.
Dentro da agência, ainda estavam os outros três assaltantes e alguns clientes. Quando descobriram que estavam cercados pelo policiamento, eles saíram pela porta da frente com oito pessoas como escudo humano, entre elas uma adolescente de 13 anos. “Nossa ação foi voltada para a negociação, queríamos que eles se entregassem. Foi um momento muito tenso. A adolescente chorava muito”, detalha o Major Jonas Souza.
Ainda segundo o Major, os assaltantes agiram de forma ousada e não hesitaram em atirar contra os efetivos da Polícia Militar e do Grupo de Apoio Tático Itinerante (Gati) por cerca de 15 minutos. Ele conta que a polícia não podia revidar os tiros para não comprometer a integridade dos reféns. Dos três envolvidos, dois se entregaram e um conseguiu fugir após disparar várias vezes.

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